30 de dezembro de 2016

O Mistério de Tassili


Conhecem O Mistério de Tassili?
Teremos descoberto a Atlântida enterrada?”, escreveu cheio de entusiasmo Henri Lhote em seu caderno de notas, em 1933. Ao tomar conhecimento do conteúdo do relatório de uma patrulha do exército francês na bacia do “oued” (curso d’água) Djerat, esse explorador e etnólogo francês correu para o sudeste do Saara argelino. O que deveria ser uma simples visita científica se converteu logo numa longa exploração arqueológica que durou 18 meses. O que Lhote descobriu nas montanhas de Tassili-n-Ajjer superou todas as suas expectativas: as paredes rochosas desse desfiladeiro de 30 quilômetros de extensão estavam literalmente cobertas de inscrições e, sobretudo, de pinturas rupestres.
O sítio arqueológico de Tassili n’Ajjer, no sueste da Argélia, perto das fronteiras com o Níger e a Líbia exibe uma das mais importantes coleções de arte pré-histórica do mundo, com mais de 15 mil desenhos e gravações.
Na parte sul da Argélia, onde as areias do Saara devoram tudo que se move e a temperatura chega até 53 graus, se encontram as grutas de Tassili. De acordo com especialistas, no Tassili existe “a mais importante coleção de arte rupestre conhecida, que datam entre 10 e 15 mil anos.” Milhares e milhares de pinturas, que representam apenas 20% do total, a maioria delas destruídas por erosão. Este conjunto foi inscrito pela UNESCO em 1982 na lista dos locais que são Patrimônio da Humanidade. Em 1986, a área do parque foi ampliada de 300 mil para oito milhões de hectares, quando todo o Planalto de Tassili foi considerado uma Reserva da Biosfera ao abrigo do programa da UNESCO “O Homem e a Biosfera”.
Durante os 16 meses em que durou sua expedição ao Tassili, Henri Lhote não limitou seu trabalho a simples levantamentos do material encontrado na área.
Indo muito mais além, ele classificou as pinturas, estabeleceu grupos e conjuntos com características bem definidas, procurou atribuir a eles um lugar no tempo. Nasceu assim a primeira classificação das pinturas do Saara central, da qual as linhas principais se ajustam perfeitamente às classificações de arte rupestre estabelecidas por outros estudiosos como Flamand e Monod.
A grande maioria das cenas retratadas são de animais: girafas, avestruzes, rinocerontes, elefantes, bois, jacarés e até hipopótamos, o que prova que esta região do Saara que hoje se encontra deserta e inóspita, na época estava cheia de vida. Tassili significa “plataforma dos rios”. As imagens documentam um Saara verdejante, cheio de vida animal e humana, antes que uma mudança radical do clima na região pusesse fim a um período de abundância sobre esse planalto de 700 quilômetros de extensão por 100 quilômetros de largura. É simplesmente impressionante o contraste entre o que se observa nessas pinturas e a paisagem de deserto árido na qual a região se tornou desde então.
O primeiro mistério de Tassili está justamente aí: Que mudança drástica aconteceu naquela região, para transformar aquela terra abundante em um deserto estéril? O que representariam aqueles seres de cabeças e olhos desproporcionais? O que estariam registrando?
Pintura de um veículo idêntico ao usado pelos egípcios, puxados à cavalo, datada de cerca de 6 mil anos. Mas como poderia haver um desenho de algo se não existia o próprio Egito?
Tassili revela-nos surpreendentes imagens produzidas pelos homens ditos “pré-históricos”, nas quais, além das refinadas técnicas de pintura, foram retratadas as figuras de estranhos seres usando roupas, capacetes, cintos e outros acessórios – obviamente inexistentes naqueles tempos tão recuados.
Os povos de Tassili deixaram dois grandes mistérios para a posteridade: o primeira é que nenhum sepultamento foi encontrado na região, e o segundo é os seres estranhos com capacetes pintados em cavernas.
Dentre as mais de cinco mil pinturas rupestres encontradas na região de Tassili, no Saara, pesquisadas pelo francês Henri Lhote, muitas retratam estranhos seres envergando capacetes e roupas de astronautas. Lhote descreveu as imagens como de algumas figuras “marciana”. Alguns pesquisadores têm tido essa ideia literalmente de interpretar as figuras como antigos ‘visitantes interplanetários’ (teoria dos extraterrestres).
Em 1962, os sábios franceses que trabalhavam no Sahara tiveram uma manhã a surpresa de ver desembarcar Kazantsev (arqueólogo soviético) seguido de uma equipe de fotógrafos e de cineastas. O Soviético vinha fotografar gravuras rupestres de Tassilin Ajjer (Tassili).
O arqueólogo e explorador soviético, Alexei Kazantsev havia decidido realizar um pesquisa ao redor do mundo, para procurar vestígios arqueológicos insólitos. Depois de vários meses de trabalho meticuloso, afirmou:
“Os homens da pré-história representaram cosmonautas! É cada vez mais comprovado que extraterrestres tenham visitado a Terra há dez mil anos!”
“Não descobrimos a Atlântida”, admitiu Lhote ao final de sua viagem, “mas aprendemos algo muito mais importante. Podemos provar que o Saara central é, desde o Neolítico, um dos mais importantes sítios de colonização da pré-história. Há muito tempo, o deserto estava recoberto por gigantescos prados verdejantes e povoado por numerosas civilizações que nos deixaram o testemunho de sua existência.”

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