Encontrados os restos dos submarinos nazistas que trouxeram criminosos de guerra escondidos antes do final da Segunda Guerra Mundial. Alguns dizem que até o próprio Hitler (ver uma das postagens anteriores, pois fizemos uma postagem sobre ele, que possivelmente teria vindo pra Argentina, tendo supostamente sua morte no Brasil).
Algo de incrível surgiu na costa da Argentina. Pesquisadores acreditam ser os restos de um mini-submarino ou um U-Boot de pequeno porte, da Segunda Guerra Mundial. O que os historiadores e pesquisadores enxergam como mais fascinante sobre este achado, é que ele faz com que os boatos sobre as fugas dos oficiais alemães para a Argentina venham a tornarem-se ainda mais verossímeis.
Um historiador de Buenos Aires, Fernando Martin Gomez, diz que o submarino é um grande achado para seu país. Ele permaneceu oculto por 70 anos, mas mesmo assim ainda muito bem preservado. Gomez constatou que é particularmente um pequeno submarino, o que significa que poderia ter sido usado pelos nazistas que fugiam das perseguições após o fim da guerra para a America do Sul.
O que Gomez aparentemente se esqueceu é o fato de que a Alemanha de Hitler produziu uma grande quantidade de submarinos pequenos com o objetivo de contra atacarem uma possível invasão aliada. Um destes pequenos submarinos era o “Castor” (Der Biber em alemão). Armado com dois torpedos de 21 polegadas ou minas, montados na parte externa, com o objetivo de atacar navios próximos à costa e eram os menores submarinos da Kriegsmarine (marinha alemã).
Os “Der Biber” foram desenvolvidos e fabricados com uma certa rapidez devido às ameaças de um possível ataque aliado à Europa. Isto resultou em falhas técnicas básicas que, combinadas com a má formação dos seus operadores, significava que eles nunca representariam uma ameaça real para os navios aliados, apesar de 324 submarinos terem sido produzidos e entregues à Kriegsmarine. Um dos poucos sucessos desta classe de submarinos foi o afundamento do cargueiro Alan A. Dale.
O fato de que alguns membros do alto escalão alemão escaparam para a América do Sul já ser conhecido por décadas, até mesmo durante a guerra os primeiros militares que já percebiam o desfecho negativo da guerra, iniciaram os planos para uma rota de fuga com o objetivo de fugirem da Europa.
Estas rotas de fuga almejavam zonas seguras que se concentravam na América do Sul, particularmente na Argentina, Paraguai, Brasil, Uruguai, Chile e Bolívia. Outros destinos incluíam os EUA, Grã Bretanha, Canadá e o Oriente Médio. Existiam duas rotas principais primárias: a primeira ia da Alemanha para a Espanha, e então a Argentina; a segunda saía da Alemanha para Roma, depois Gênova, e então a América do Sul; as duas rotas foram “desenvolvidas independentemente” mas eventualmente acabaram se unindo numa espécie de esforço colaborativo.
Após o final da guerra na Itália, o “Diretor Espiritual dos Cidadãos Alemães residentes na Itália”, Bispo Hudal, se tornou o intérprete oficial para os prisioneiros falantes do alemão e também os internados em campos de prisioneiros em toda a Itália. E então em dezembro de 1944, a Secretaria do Estado do Vaticano recebeu permissão para nomear um representante para “visitar os civis alemães e os prisioneiros na Itália”, este, que seria então um trabalho atribuído a Hudal.
Hudal dez uso de sua posição para ajudar na fuga de alemães procurados por crimes de guerra, incluíndo Franz Stangl, o comandante do campo de Treblinka, Gustav Wagner, comandante do campo de Sobibor, Alois Brunner, responsável pelo campo de prisioneiros de Drancy, próximo à Paris e encarregado das deportações da Eslováquia para campos de concentração na Alemanha, e finalmente Adolf Eichmann, o oficial responsabilizado pela logística de extermínio de milhões de pessoas durante a guerra.
Passaporte da Cruz Vermelha concedido à Adolf Eichmann utilizando o nome de "Ricardo Klement" e usado para entrar em território argentino em 1950.
Passaporte da Cruz Vermelha concedido a Adolf Eichmann utilizando o nome de “Ricardo Klement” e usado para entrar em território argentino em 1950.
Alguns destes procurados estavam presos em campos: geralmente sem identidade ou papéis, eles seriam submetidos a registros internos utilizando nomes falsos. Outros militares que também estavam presos na Itália, procuraram Hudal por seu papel em facilitar as fugas e tornar-se conhecido entre os grupos de alemães naquele país.
Passaporte da Cruz Vermelha concedido a Adolf Eichmann utilizando o nome de “Ricardo Klement” e usado para entrar em território argentino em 1950.
Alguns destes procurados estavam presos em campos: geralmente sem identidade ou papéis, eles seriam submetidos a registros internos utilizando nomes falsos. Outros militares que também estavam presos na Itália, procuraram Hudal por seu papel em facilitar as fugas e tornar-se conhecido entre os grupos de alemães naquele país.
De acordo com Mark Aarons e John Loftus em seu livro Unholy Trinity, Hudal foi o primeiro padre Católico a dedicar-se à construção de rotas de fuga. Aarons e Loftus afirmam que Hudal forneceu objetos disfarçados de doações de caridade que possuíam dinheiro em seu interior, e não menos importante, com falsos documentos incluíndo certidões de identidade homologadas pela Organização de Refugiados do Vaticano.
Estes papéis do Vaticano não eram passaportes completos, muito menos garantiam passe livre para fora da Europa. Eles eram, ao invés disso, a primeira parada na “rota dos documentos” – eles podiam ser usados para obter um passaporte de remanejo do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (ICRC), que consequentemente poderia ser utilizado para a concessão de vistos.
Em seu livro The Real Odessa (2002), o pesquisador argentino Uki Goñi ganhou acesso aos arquivos do país com objetivo de expor que diplomatas argentinos e oficiais da inteligência tinham, sob as ordens do próprio Perón, incentivado criminosos nazistas e fascistas a morarem na Argentina. De acordo com Goñi, os argentinos não apenas colaboraram com as rotas de fuga de Draganovic, mas que formaram uma rota própria através da Escandinavia, Suiça e Bélgica.
O tráfico de argentino de criminosos de guerra institucionalizou-se, de acordo com Goñi, quando o novo mandato de Perón começou em ferveriro de 1946. O então antropólogo Santiago Peralta foi apontado como Ministro da Imigração e um empregado de Ribbentrop, Ludwig Freude como seu assessor. Goñi argumenta que este dois estabeleceram uma espécie de “comissão de resgate” composta por agentes do serviço secreto e “conselheiros” de imigração, em que muitos eram eles mesmos criminosos de guerra, com passaporte, cidadania argentinas e empregos legalmente formalizados.
As rotas Ítalo-argentinas foram confirmadas apenas recentemente, principalmente devido à pesquisas em arquivos classificados como sigilosos que foram recém liberados. Até então, uma visão comum sobre as fugas dos ex-nazistas não passavam de especulações onde acreditava-se que cada um havia pavimentado sua própria rota sem grandes ajudas, até que vieram os trabalhos de pesquisa de Aarons, Loftus e Uki Goñi (2002).
A rota mais famosa é chamada de ODESSA (organizada por antigos membros da SS), fundada em 1946 e de acordo com Paul Manning, “eventualmente, mais de 10.000 antigos militares alemães chegaram à América do Sul utilizando rotas de fuga como ODESSA e Deutsche Hilfsverein…”
Simon Wiesenthal, aconselhou Frederick Forsyth na película/serie O Dossiê Odessa que trouxe o nome ao público, também nomes como “organizações de fugas nazistas” tais como a Spinne (“Aranha”) e Sechsgestirn (“A Constelação dos Seis”).
A lista dos criminosos de guerra que utilizaram as rotas de fuga incluem:
Adolf Eichmann, fugiu para a Argentina em 1950, capturado em 1960, executado em Israel em 1 de junho de 1962.
Franz Stangl, fugiu para o Brasil em 1951, preso em 1967 e extraditado para a Alemanha Ocidental, morreu em 1971 de causas naturais.
Gustav Wagner, fugiu para o Brasil em 1950, preso em 1978, cometeu suicídio em 1980.
Erich Priebke, fugiu para a Argentina em 1949, preso em 1994, morreu em 2013.
Klaus Barbie, fugiu para a Bolívia com a ajuda dos Estados Unidos, capturado em 1983, morreu numa prisão na França em 23 de setembro de 1991.
Eduard Roschmann, fugiu para a Argentina em 1948, mudou-se para o Paraguai para evitar extradição e morreu lá em 1977.
Aribert Heim, desapareceu em 1962, morreu provavelmente em 1992, no Egito.
Andrija Artuković, fugiu para os Estados Unidos, preso em 1984, morreu numa prisão na Croácia em 1988.
Ante Pavelić, fugiu para a Argentina em 1948, sobreviveu à uma tentativa de assassinato em 1957, mas morreu em decorrência dos ferimentos na Espanha em 1959.
Walter Rauff, fugiu para o Chile, nunca foi capturado, morreu em 1984.
Alois Brunner, fugiu para a Síria em 1954, morreu por volta de 2010.
Josef Mengele, fugiu para a Argentina em 1949, e então para outros países e veio a morrer no Brasil em 1979. Seus restos foram exumados em 1985 e provavelmente destruídos.
Johann Feil, fugiu para a Argentina em 1948, voltou para a Alemanha em 1956 para se tratar de um câncer. Ficou com sua família até morrer em 1957.
Franz Stangl, fugiu para o Brasil em 1951, preso em 1967 e extraditado para a Alemanha Ocidental, morreu em 1971 de causas naturais.
Gustav Wagner, fugiu para o Brasil em 1950, preso em 1978, cometeu suicídio em 1980.
Erich Priebke, fugiu para a Argentina em 1949, preso em 1994, morreu em 2013.
Klaus Barbie, fugiu para a Bolívia com a ajuda dos Estados Unidos, capturado em 1983, morreu numa prisão na França em 23 de setembro de 1991.
Eduard Roschmann, fugiu para a Argentina em 1948, mudou-se para o Paraguai para evitar extradição e morreu lá em 1977.
Aribert Heim, desapareceu em 1962, morreu provavelmente em 1992, no Egito.
Andrija Artuković, fugiu para os Estados Unidos, preso em 1984, morreu numa prisão na Croácia em 1988.
Ante Pavelić, fugiu para a Argentina em 1948, sobreviveu à uma tentativa de assassinato em 1957, mas morreu em decorrência dos ferimentos na Espanha em 1959.
Walter Rauff, fugiu para o Chile, nunca foi capturado, morreu em 1984.
Alois Brunner, fugiu para a Síria em 1954, morreu por volta de 2010.
Josef Mengele, fugiu para a Argentina em 1949, e então para outros países e veio a morrer no Brasil em 1979. Seus restos foram exumados em 1985 e provavelmente destruídos.
Johann Feil, fugiu para a Argentina em 1948, voltou para a Alemanha em 1956 para se tratar de um câncer. Ficou com sua família até morrer em 1957.
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